quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Viva em Paz e seja feliz



O texto que vocês, caros leitores lerão, é de autoria do Mauricio Louzada, contudo, me apropriei do seu texto pra divulgar algo que é interessante e edificante pra muitos.

O trabalho de Sísifo e a aceleração do tempo


Por: Maurício Louzada



Conversando com profissionais de todas as áreas, tenho ouvido a mesma queixa: "esse ano passou rápido demais". Uma reclamação cada vez mais constante no mundo moderno.

Quem nunca se flagrou olhando para um calendário e pensando: não acredito que só faltam X dias para o Ano Novo, não é verdade?



A maior parte das pessoas relata a sensação da aceleração do tempo à medida em que assume obrigações e responsabilidades. Mas por que isso acontece? E como podemos desacelerar esta percepção e assim viver mais e melhor?



Bem, responder isso não é fácil, mas acho que podemos começar a aprender com o mito de Sísifo: trata-se da história de um homem que durante um dia inteiro encara a dura tarefa de rolar uma pedra montanha acima. A montanha é íngrime, e a pedra é pesada, de tal forma que no final do dia, homem e pedra alcançam o cume. Imediatamente, a pedra rola montanha abaixo, e então o homem tem que recomeçar seu trabalho novamente.

Segundo a mitologia grega, Sísifo foi condenado a esta rotina diariamente por toda a eternidade. A cada dia, subir a pedra, tendo a certeza que a mesma rolaria montanha abaixo no fim do dia.



Mas como seria a percepção do tempo para Sísifo? Teria ele a sensação de que o tempo demora a passar, ou compartilharia conosco a percepção de que o tempo está passando rápido demais? Ao repetir a mesma tarefa diversas vezes, provavelmente Sísifo seria nosso companheiro no que diz respeito à percepção do tempo.


Para entender porque isso aconteceria, vamos fazer uma visita à nossa infância. Naquela época esperávamos muiiito até chegar a sexta-feira, não é mesmo? Quanto tempo se passava até as tão esperadas férias de verão! Como era longa a visita à casa de sua avó!


É que naquela época, seu cérebro estava aprendendo e vivendo novas experiências, e por isso dedicava grande empenho e dedicação para compreender as coisas do mundo. O que eram as estrelas? Como o mar não invadia a terra? Por que o céu era azul? Qual a sensação de uma montanha-russa?


No mundo moderno, estamos todos inseridos em rotinas diárias, semanais ou mensais. Fazemos coisas parecidas todos os dias, e mesmo frente a novas situações, agimos com comportamentos rotineiros.



Muitas vezes, temos rotinas até para quebrar rotinas: decidimos viajar, mas viajamos para os mesmos lugares; decidimos jantar fora, mas comemos nos mesmos restaurantes; decidimos passear e fazemos isso nos mesmos lugares...



Nestas situações o nosso "eu" não está apredendo nada de novo, não está vivendo novos desafios, novas aventuras e nem descobrindo novos mundos. Como já vivemos tais experiências, simplesmente não registramos esta percepção de "novo", e entramos em um estado de aumomatismo que nos traz a sensação de que o tempo está passando rápido demais. As experIências repetidas não contam para o nosso cérebro, e assim não temos a sensação de "Epa! Eu estou vivo!".


Mas podemos voltar a ter esta sensação na medida em que resolvemos fazer tudo de maneira diferente. Mesmo que seu trabalho seja repetitivo e rotineiro, não permita que isso invada sua vida pessoal. Para ter a sensação de que o tempo voltou a ser mais demorado, proponha coisas diferentes em sua vida: acorde de madrugada para ver as estrelas - sem pressa de voltar à cama, coma comidas que você nunca ousou - com temperos e aromas diferentes, faça uma viagem para um lugar que você nunca pensou, presenteie alguém sem absolutamente nenhum motivo especial, observe como as nuvens se deslocam, pule de pára-quedas, visite uma caverna... Invente...


Afinal, podemos escolher se viveremos a vida de Sísifo, ou nossa própria vida. Neste caso, aproveite o caminho, quebrando a rotina e descobrindo que você é completamente livre para ousar viver uma vida cheia de felicidades.

Um comentário:

  1. Olá. Sou o Maurício Louzada, autor do texto. Me senti muito honrado em vê-lo publicado neste blog. Obrigado pelo profissionalismo ao manter à referência à minha autoria e muito sucesso!!!

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